6 dicas de como ajustar as variáveis do treino para otimizar os resultados – Treino Mestre
A influência que pequenos detalhes, trazem para seu treino de musculação, é enorme. Pequenas mudanças em alguma variável, pode trazer um resultado melhor ou pior. Neste sentido, é fundamental ajustar estes pontos, para que o treino tenha o resultado esperado.
Eu falo muito em meus artigos sobre adaptar as variáveis. Isso é o que devemos fazer, quando queremos uma intensidade mais alta ou corrigir algum ponto.
Neste sentido, é preciso ter o contexto geral.
Ajustar as variáveis para ter um treino mais eficiente, como fazer isso?
As variáveis nada mais são do que um instrumento, uma forma de chegar a determinado objetivo. Elas só serão de fato eficientes, se houver uma clareza de que há um planejamento que norteia a sua utilização.
Sem isso, não há como manipular as variáveis de forma inteligente.
Vamos agora para a parte prática!
Entendendo e ajustando as variáveis de treinamento!
Para que possamos ajustar as variáveis, temos que tentar entender de que forma elas interagem entre si. Por isso, vou falar de maneira mais específica, de cada uma e como você pode utilizá-las para seu objetivo!
1- Quantidade de séries
Esta é uma das variáveis mais importantes e que gera muitas dúvidas. Quantas séries devo fazer? Há vários fatores em jogo. A quantidade de séries é um dos fatores quantitativos de seu treino. Quanto mais séries, mais volume de treino.
Por isso, este ponto precisa ser pensado de um aspecto mais amplo. Se você usar exercícios com grande amplitude, com cargas mais altas, precisará de menos séries para chegar ao objetivo. Da mesma maneira, com menos carga e movimentos mais “isolados”, precisará de mais séries para chegar a um nível determinado de estímulos.
Por isso, é preciso avaliar tudo isso. Além disso, há ainda o nível de treinamento que precisa ser levado em conta. Desta maneira, a quantidade de séries é um dos primeiros pontos a serem avaliados.
Mais séries, mais volume. Menos séries, necessariamente precisamos de mais intensidade. Então, dependendo do que sua periodização oferta, usamos mais ou menos séries.
2- Número de repetições
O número de repetições é outro fator bastante importante, dentro das variáveis de treinamento. Quanto mais repetições tivermos, mais metabólico será o estímulo (levando em conta fatores como carga e intervalo de descanso).
Da mesma maneira, se tivermos menos repetições, com uma carga mais elevada, estaremos trabalhando mais com elementos ligados a força e estímulos tensionais.
Isso não é via de regra, mas de maneira simplificada e didática, é assim que funciona. Portanto, o número de repetições precisa ser adaptado ao que sua periodização preconiza naquele momento e a forma como deve ser o seu treino.
É importante, não trabalhar sempre na mesma linha de repetições. Em dados momentos, podemos usar mais repetições, geralmente acima de 10. Em outros momentos, menos, entre 6 e 10.
Isso vai fazer com que a adaptação geral seja otimizada.
Leia também => Qual o número ideal de repetições para a hipertrofia?
3- Amplitude de movimento
Precisamos sempre de uma amplitude de movimento completa? Depende de cada caso. Há exercícios em que podemos usar uma amplitude um pouco menor, para otimizar determinados estímulos.
Por exemplo, no agachamento, trabalhar com uma amplitude até 90 graus, para otimizar o trabalho do quadríceps.
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Neste sentido, a amplitude de movimento acaba sendo uma variável que em determinados momentos, quando queremos objetivos mais específicos, acaba sendo uma forma de mudar o estímulo.
4- Cadência dos movimentos
Esta é uma variável esquecida por muitas pessoas, mas que traz um excelente resultado, quando usada da forma correta. A cadência está ligada ao ritmo em que você executa os movimentos.
O ritmo mais comum, usado em muitos casos, é o 1:1. Ele quer dizer 1 segundo na fase excêntrica, um na concêntrica. Mas podemos acelerar isso, torna-lo mais lento, acelerar uma fase, reduzir a outra e manipular da forma que for mais interessante para aquele determinado contexto.
Outro ponto importante na questão da cadência, é que podemos potencializar ou usar menos, a energia elástica acumulada. Já falamos sobre ela neste artigo (Energia elástica, entenda como ela afeta seu treino!). De forma simplificada, no final da fase excêntrica, os músculos acabam acumulando energia, para auxiliar na transição para a fase concêntrica.
Se, no final da fase concêntrica, pararmos o movimento por 1 ou 2 segundos, teremos a dispersão desta energia elástica. Isso aumenta a dificuldade da execução do movimento e consequentemente, aumenta a intensidade. Quando usado no momento certo, isso faz com que o treino seja mais efetivo.
5- Carga
A carga é um elemento fundamental na musculação. É ela que impõe mais dificuldade e consequentemente, é o principal fundamento do treinamento resistido.