Treinamento com resistência variável, como usar em seu treino? – Treino Mestre – REVISTA VIGOR
O tipo de resistência que a sobrecarga externa impõe ao seu corpo é um dos fatores que devem ser sempre considerado. Veja neste artigo mais sobre o treinamento com resistência variável.
Basicamente o treino de força tem um objetivo: impor uma demanda de contrações musculares específicas, destinadas a um objetivo. Desta maneira, usa-se das mais diversas variáveis para que possamos ter melhores resultados.
Como sabemos que o simples implemento de mais cargas não é o mais indicado, pelo alto índice de lesões que isto pode causar, o ideal é buscarmos estratégias inteligentes. Desta maneira, o treinamento com resistência variável é um método bastante interessante na busca por resultados, usando os estímulos certos.
Antes de te explicar melhor como funciona o treinamento com resistência variável, é importante que você entenda um conceito biomecânico.
O treinamento com resistência variável exige um conhecimento sobre o braço de alavanca. O braço de alavanca é a distância do ponto de aplicação da força até o eixo de rotação. Por exemplo, no movimento de flexão de cotovelo, o ponto de aplicação da força é onde se encontra a carga (peso) e o eixo de rotação é a articulação do cotovelo.
De acordo com a movimentação em relação ao solo, o braço de alavanca aumenta ou diminui. Desta maneira, usa-se este conceito no treinamento de resistência variável.
O que é o treinamento com resistência variável?
Basicamente no treinamento com resistência variável vamos adicionando a carga progressivamente, a medida em que o braço de alavanca ganha vantagem mecânica durante a amplitude de movimento. Esta vantagem mecânica é dada pela relação entre o braço de resistência e o braço de potência.
Assim, conforme o movimento vai adquirindo vantagem mecânica, são usadas bandas elásticas e correntes, por exemplo, para impor uma carga mais elevada. Este não é um método de fácil aplicação, pois exige conhecimento de biomecânica por parte de quem aplica e auxilio de outra pessoa durante todo o treino.
Por exemplo, no movimento de supino (um dos exercícios em que mais se aplica o treinamento com resistência variável, usa-se correntes para que a carga seja aumentada após o ombro ultrapassar a angulação de 90 graus. Desta maneira, como o torque é reduzido devido ao posicionamento da alavanca, temos uma melhora na solicitação muscular.
Estudos envolvendo o treinamento com resistência variável
Em um estudo de Soria-Gila (2015), que foi feito através do método da metanálise, que levou em conta apenas estudos com duração de mais de 7 semanas, e com total de 235 pessoas. Neste estudo foram verificados melhores resultados em termos de aumento de força muscular em relação ao treinamento tradicional.