Exames podem definir o melhor treino? Isso é válido? – Treino Mestre – REVISTA VIGOR
Uma nova “técnica” ganhou espaço nos últimos tempos, alegando que com exames de sangue e de DNA podemos ter um parâmetro de treino e dieta ideal. Mas será que isso realmente funciona?
Seja o nutricionista, seja o educador físico, ambos precisam de bons parâmetros para montar uma dieta e um treino, respectivamente. Apenas impressões não são o suficiente. O que isso significa? Que quanto mais informações precisas estes profissionais tiverem em mãos, melhor e mais precisa será a prescrição. Atualmente, existe uma grande “onda” de profissionais que alegam conseguir prescrever o treino ideal com base em exames de sangue e de DNA. Mas será que na prática isso funciona?
Pois bem, este é um assunto complexo. Polêmico também! Quando pensamos em treino e dieta. Existem muitos fatores envolvidos, que transcendem a questão fisiológica e envolvem os outros campos da vida das pessoas, como o social, emocional e psicológico. Mas então os exames não tem serventia? Lógico que tem, desde que a sua utilização seja feita no âmbito correto!
Confuso, não é? Pois bem, isso se chama ser humano…
Mas para que você tenha um posicionamento mais claro, vamos avaliar mais profundamente este tema!
Exames definem o treino ideal… Mas o que é um treino ideal?
Os exames que são usados para definir os parâmetros de um treino são bastante precisos. Avaliam as questões metabólicas, DNA e outras variáveis fisiológicas. Neste sentido, eles dão ao profissional um parâmetro muito preciso do que está normal e o que precisa ser melhorado. Além disso, existem diferentes proteínas que nos dão sinais de determinados problemas.
Um caso comum é a quantidade de cortisol circulante, que pode ser mais elevada em casos de overtraining. Usasse muito este exame em atletas profissionais para a prevenção de lesões. Lógico que existem diferentes exames, com muito mais profundidade, que nos dão um âmbito geral muito específico, uma espécie de mapa a ser seguido.
Do ponto de vista fisiológico, conseguimos grandes resultados com a utilização destes exames, pois eles darão ao treinador e ao nutricionista, uma série de possibilidades de trabalho e monitoramento dos resultados.
Porém, alegar que isto dará toda a base para um treinamento “ideal” é ao meu ver, preciosismo. Isso porque o “treino ideal” não é algo muito mensurável. De nada adianta um treino excelente do ponto de vista fisiológico se a pessoa treinada faltar aos treinos e sentir-se desmotivada em treinar.
Os demais aspectos devem sempre ser levados em conta, como as questões psicológicas e sociais. Por isso, o feeling do profissional também é importante, seja em termos de dieta ou treino.