Treino tensionais e metabólicos: quais as diferenças? – Treino Mestre
Você vai para a academia e realiza 15 repetições de determinado exercício, com 30 segundos de intervalo entre as séries. Você estimulou determinadas reações em seus músculos.
Agora, se você vai e faz o mesmo exercício, porém com repetições até a falha usando 90% de 1RM e com 2 minutos de intervalo entre as séries, você teve o mesmo estímulo do exercício anterior? Muito provavelmente não!
Isso porque os estímulos aos quais impomos nossos músculos podem ser de duas naturezas distintas: tensionais ou metabólicos.
Antes que alguém ache que eu afirmei que 15 repetições são para estímulos metabólicos, ou que formem frases com a palavra definir após isto, quero dizer que isso acima é apenas um exemplo!
Vamos então as definições mais científicas deste tema!
Índice – Informações que você encontrará nesse artigo:
Afinal, o que são estímulos metabólicos ou tensionais?
Estímulos Tensionais:
Basicamente, os estímulos tensionais atuam mais diretamente sobre as fibras musculares, aumentando as microlesões e os estímulos metabólicos, tem atuação também sobre as vias energéticas.
Essas são as diferenças a um grosso modo. Ao longo desse artigo e através citações de estudos, você irá conhecer realmente as principais diferenças entre treinos tensionais e metabólicos, quando aplicá-los e quais sãos seus resultados.
Neste sentido, ao falar sobre estímulos tensionais Guedes Júnior (2003) afirma que o aumento que ocorre na síntese das proteínas contráteis, estimulado principalmente pelo treinamento de força, promove o aumento do tamanho e também da quantidade de miofibrilas em cada fibra muscular.
Esta adaptação é conhecida como hipertrofia miofibrilar. Sendo assim, o estímulo tensional, que está relacionado com o alto nível de tensão que é imposto ao músculo, através de um peso elevado a ser vencido causaria este tipo de adaptação.
Os estímulos metabólicos produzem uma melhor adaptação do complexo articular em geral, bem como da melhora da vascularização e do aumento dos substratos energéticos. Portanto, este tipo de estímulo é fundamental, mesmo em fases de aumento de estrutura muscular.
Por sua vez, os estímulos tensionais são realizados em altas intensidades, pelas elevadas cargas, sendo assim, indicados também para fases de redução do percentual de gordura.
Além disso, o próprio autor coloca em seu trabalho, que estudos mais longos e transversais precisam ser realizados para verificar a eficiência de cada método, quando aplicado em determinados grupos específicos.
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Está perdido (a) com estas informações contraditórias? Normal! A ciência vem tentando há muitos anos definir qual a melhor utilização de cada um destes estímulos.
O que produz melhores resultados?
Por enquanto, o que sabemos através de pesquisas e que a prática vem comprovando, é que a alternância destes estímulos, tanto tensionais como metabólicos, é o que melhor produz resultados.
Porém, alternar estes estímulos não é tão fácil como parece, pois a alimentação e outras variáveis do treinamento, além das questões individuais, precisam ser levados em conta. Neste caso, nada melhor do que um treino bem montado e periodizado para seus objetivos específicos!
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Bons treinos!
Referências: GUEDES JÚNIOR, Dilmar Pinto. Musculação: estética e saúde feminina. São Paulo: Phorte, 2003. SANTAREM, José Maria. Treinamento de força e potência. In: GHORAYEB, Nabil; BARROS NETO, Turíbio Leite de. O exercício: preparação fisiológica, avaliação médica, aspectos especiais e preventivos. São Paulo: Atheneu, 1999.