Equipe do HM visita família para teste do pezinho
Sheila Faria
Secretaria de Saúde
Cipriano Alves de Medeiros abriu a porta da casa com um sorriso no rosto e já agradecendo a visita. A recepção foi para Daniela de Moraes Cezaria e Sandra Lourdes Gomes Pereira, uma dupla de peso do PHD (Programa Hospitalar Domiciliar), do Hospital Municipal.
A técnica de enfermagem Daniela e a enfermeira clínica Sandra chegaram na casa de Cipriano em missão especial –fazer o teste do pezinho no novo integrante da família, o Athur, que nasceu no hospital da Vila quatro dias antes da visita.
A mãe de Arthur, Tania Gama da Silva, também mãe de Lucca (3 anos), Enzo (6) e Tawany (11), teve uma cesariana tranquila, ótima recuperação e queria estar logo em casa, com a família. Arthur acabou saindo do hospital antes do prazo de 49 horas após a primeira mamada, tempo mínimo preconizado para o teste do pezinho.
Em casos como esse, a equipe do PHD entra em ação e não deixa nenhum bebê nascido na Vila escapar do teste. A maioria dos bebês do HM –média de 500 por mês– faz o teste antes de ir pra casa.
“Para nós é uma missão. Quando o teste não é feito no hospital, nós vamos atrás da mãe até onde for preciso. Aproveitamos para olhar o bebê e a mãe, dar orientações”, disse Daniela. Segundo Sandra, Daniela tem ciúme quando outra profissional a substitui na visita. “Ela quer ver todos os bebês, pegar no colo e tirar foto”, disse.
A coordenadora médica do PHD, Alice Otoni Muller, explica que o teste do pezinho é um exame importante, realizado nos primeiros dias de vida com o objetivo de detectar doenças precocemente. “O PHD realiza a coleta no domicílio e com isso consegue oferecer atenção individual para o paciente na presença dos familiares, tirando todas as suas dúvidas e gerando conforto e privacidade”, explicou.
Exame
O que a família da Tania não sabia é que não seria apenas uma coleta de amostra de sangue do bebê. A dupla Daniela e Sandra fez o serviço completo: o teste, examinou o umbigo e pesou Arthur: 4.540 quilos, um big bebê. Mamando, Athur foi observado pelos olhos atentos da dupla do PHD.
A mãe também não escapou. Ela passou por exames de sinais vitais, foi analisada a cicatrização da cirurgia e o estado das mamas.
Com um QR Code, Tânia vai acompanhar o resultado do teste, que fica pronto em 40 dias, feito pelo Instituto Jô Clemente, em São Paulo.
“Gostei demais, não sabia que tinha esse serviço no Hospital da Vila. Nunca vi nada igual”, disse Tania. O marido contou que ela quis ter o Arthur no HM, onde Lucca já tinha nascido. “Foi opção dela, já tinha tido uma experiência boa lá”, contou.
PHD
O Programa Hospitalar Domiciliar é como uma enfermaria ambulante do hospital, que atende uma média de 200 pacientes por mês, crianças, adultos e idosos, com necessidades variadas. Em 2023, cerca de 2 mil pacientes foram atendidos em casa.
O serviço é oferecido para pacientes do HM que tiveram alta, mas ainda precisam de algum acompanhamento com curativos, medicamentos injetáveis e outras situações, que não justificam a permanência do paciente no hospital. A equipe é formada por médicas, enfermeiras e técnicas de enfermagem e trabalha de domingo a domingo.
O Hospital Municipal é mantido pela Prefeitura de São José dos Campos e gerenciado pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).
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