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Atividade educacional durante o Festival é oportunidade de aprendizado para crianças e adolescentes

As crianças e adolescentes do Moinho Cultural tiveram a oportunidade de trocar experiências com músicos sul-americanos durante uma atividade cultural e educacional que aconteceu na tarde desta sexta-feira (16.05) durante o Festival América do Sul. As atividades foram coordenadas pelo maestro Eduardo Martinelli e teve a presença dos músicos sul-americanos Raul Quiroga, Hector e Ivan Letelier.

O maestro Eduardo Martinelli explicou que nesta tarde a atividade foi realizada com os artistas que estão vindo dos nossos países vizinhos, dos países aqui da América do Sul, onde eles vão poder compartilhar um pouco dessa experiência musical, ouvir os alunos do Moinho Cultural e ter uma roda de conversa inclusive com os artistas.

“O objetivo é tratarmos de assuntos como uma dificuldade de intercâmbio que temos principalmente com alguns países mais distantes, como a Guiana Inglesa, o Suriname, e então, enfim, além da atividade didática musical em si. A gente está tendo também uma troca de expectativa, uma troca de experiência, uma troca de visão entre os artistas que estão visitando o Moinho Cultural. Muitos deles, inclusive, conhecendo o Pantanal pela primeira vez, através dessa iniciativa da Orquestra América do Sul”.

Para o maestro, é muito importante manter uma atividade educativa dentro do festival.

“Se a gente não mantiver uma atividade educativa de música hoje, a música não vai mais existir amanhã. Por que quem vai fazer a música no futuro são as crianças de hoje. Então, isso é mais do que uma preocupação, é uma obviedade. Eu vou morrer um dia, os meus companheiros da minha geração também vão morrer um dia. Se a gente não tiver crianças, jovens, renovando essa arte, esse aprendizado e essa paixão, tudo isso vai ter muita dificuldade para se perpetuar. Então, a nossa preocupação com as crianças e com os jovens é justamente nos atentarmos, nos envolvermos com aquilo que a gente tem de mais precioso. Para o futuro da nossa cultura, que são as crianças e os jovens de hoje”.

O músico Raul Quiroga, do Uruguai, veio para compartilhar nesta bonita festa que está acontecendo e tão cultural que é o Festival. Raul toca violão e guitarra.

“É um evento fabuloso, diferente de muitos, aqui se respira a cultura aqui em Corumbá. E o projeto Moinho Cultural é algo que teria que ir para outras cidades. Não só de Mato Grosso do Sul, mas como São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, porque é um exemplo extremo de como educar uma criança. Por exemplo, para me explicar melhor. A surpresa que eu levei é que muitas crianças, quando nós chegamos, estavam ali nos aguardando e nenhuma tinha um celular na mão. E isso aí, enquanto elas estão aqui estudando, estão se salvando de regredir tanto com essa tecnologia que está tão complicada”.

Héctor Letelier também participou da atividade desta tarde. Ele toca guitarra, mas também toca quena, zamponha, antara e charango. “Nós estamos muito agradecidos por nos convidar para integrar a orquestra. Foi um trabalho bonito. Nós gostamos muito de fazer esse tipo de eventos, e mais workshops, porque já nos fizemos aqui em Paraná também, em Toledo e na região de Marechal Rondon, também fizemos uma vez em quatro cidades. E é muito bonito para nós, gratificante”.

Ivan Letelier, toca zamponha, charango, violão e canto. Para ele, essas atividades durante o Festival ajudam a engrandecer o folclore e toda a música na América do Sul. “Eu faço parte desse movimento tanto que comecei a tocar e cantar aos dez anos de idade. Então como tive esta oportunidade de aprender, me encanta este tipo de trabalho”.

O aluno do Moinho Cultural Luiz Carlos Vilalva da Silveira tem 13 anos, está no Moinho há oito anos e toca viola clássica. “Eu acho muito legal porque a gente vai aprender mais com professores novos e a gente pode evoluir muito mais o nosso conhecimento. Eu aprendi muita coisa como respeito, responsabilidade, disciplina e também conheci muitos amigos novos e toquei bastante, eu gosto de família”.

Tahani Melissa Hurtado de Moraes tem 14 anos, toca violino e está no Moinho há 7 anos. “Eu acho uma experiência muito boa para as pessoas que nunca tiveram esse tipo de oportunidade de entrar no Moinho para ver esse tipo de apresentações e também o Festival América do Sul é um festival muito grande que dá muitas oportunidades para artistas que estão começando ou para fazer apresentações e é uma coisa muito grandiosa que a sociedade propõe”.

Kauane Eloá de Abreu tem 14 anos, toca violino e está no Moinho Cultural há quatro anos. “Eu acho muito legal por questão da cultura também que aviva muito nos nossos corações e é uma coisa muito boa que aqui em Corumbá tem uma cultura bem forte, em questão do Pantanal que tem vários turistas que vêm aqui no ano. Eu acho muito legal”.

Ascom FAS 2025