Meu campus tem: Projeto Tatu Baja – IFSP
Projeto desenvolvido no Campus Sertãozinho alia teoria à prática na construção de um carro off-road
Foi nas aulas do curso de Engenharia Mecânica ministradas pelo professor Paulo Frighetto no Campus Sertãozinho que surgiu o Projeto Tatu Baja. A proposta consiste na criação de um carro off-road com o principal objetivo de colocar em prática todo o conhecimento adquirido em sala de aula.
Em 2015, recém-chegado ao campus, Frighetto ouviu de um aluno a sugestão de construir um Baja. Inicialmente cético à ideia, por conta do alto investimento necessário, o professor logo embarcou no projeto, que foi tomando corpo com peças doadas por empresas da região. “Num primeiro momento, fizemos um carro que andava, mas que não era competitivo”, explica. A partir de 2019, a coisa mudou, o projeto foi contemplado com recursos de editais da reitoria e da Inova, o que tornou possível a aquisição de peças adequadas que deixaram o veículo apto a encarar competições.
Em 2022, a equipe Tatu Baja participou pela primeira vez do Baja SAE Brasil, a maior competição do gênero no país, já garantindo lugar entre os finalistas. Desde então, a equipe tem participado em diversas provas Brasil afora. Em 2023, um novo edital da reitoria possibilitou a aquisição de novas peças, tornando o veículo ainda mais competitivo.
A atual capitã da equipe Tatu Baja, Maíra Eduarda de Lima, conta que o projeto tem proporcionado vivências importantíssimas, especialmente relacionadas ao trabalho em equipe. “O grupo é responsável, por exemplo, por consertar o carro, caso ele apresente algum defeito. Temos também ganhado experiência em lidar e resolver problemas em situações urgentes”.
Hoje, o projeto agrega alunos de outros cursos além da Engenharia Mecânica. Têm estudantes de outras engenharias, da Química e de cursos técnicos integrados.
Mercado de Trabalho
O Baja nasceu nos Estados Unidos e, hoje, ocorre em diversos países do mundo com o objetivo de oferecer aos participantes a oportunidade de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula. Por conseguinte, a finalidade é contribuir com a preparação dos estudantes para o mercado de trabalho.
O mercado de trabalho, aliás, já absorveu todos os integrantes da equipe do IFSP, muito por “culpa” do Baja. Paulo acredita que o interesse vem principalmente por conta do conhecimento teórico e prático que os estudantes adquirem ao se envolverem com o Baja. “Eles aprendem a projetar, a soldar, a usinar, a conformar os tubos, a mexer com motor, com freio, então o mercado de trabalho fica louco atrás deles”, conta.
Ex-capitão da equipe Tatu Baja, Mateus Oliveira, hoje, auxilia os novos integrantes do grupo com a parte de projetos e de oficina mecânica, e corrobora tudo o que foi dito quanto ao mercado de trabalho. Segundo ele, a experiência no projeto tem sido um grande diferencial na hora de ingressar no mercado: “o trabalho em equipe e a vivência prática em engenharia mecânica, isso fortalece bastante os alunos e facilita o ingresso no mercado de trabalho”.