Etecs e Fatecs seguem com ações de combate à epidemia de dengue
As Escolas Técnicas (Etecs) e as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais do Centro Paula Souza (CPS) continuam atentas à epidemia de dengue que atinge o estado e o país. Mesmo com o fim do verão, as ações de combate a criadouros do mosquito Aedes Aegypti e a conscientização da comunidade mobilizam nove unidades.
Etec Parque Belém e Fatec Zona Leste
Na Etec Parque Belém, na zona leste da capital, estão sendo instalados distribuidores de repelente líquido para uso de alunos, professores e funcionários. A direção da unidade se uniu ao Grêmio Estudantil para reforçar ações de limpeza e de combate à proliferação do mosquito da dengue.
Localizada na mesma região, a Fatec Zona Leste produziu no laboratório de química 800 frascos de repelente para doação à comunidade acadêmica. Batizado de RepeLeste, o produto é feito à base de álcool gel, acrescido de princípio ativo extraído de folhas de citronela e de dois tipos de pimenta, que forneceram à fórmula a icaridina, substância eficiente na proteção contra o mosquito Aedes Aegypti.
A ideia surgiu no curso superior de tecnologia em Polímeros e ganhou a colaboração de diversos departamentos da unidade. “Os alunos de Logística e Recursos Humanos criaram a arte, que foi aperfeiçoada pela Secretaria Acadêmica. A professora do curso de Polímeros, Maria Aparecida Colombo, se responsabilizou tecnicamente pela formulação. E toda a comunidade se mobilizou para arrecadação dos recursos necessários para a produção do repelente”, conta o diretor da Fatec Zona Leste, João Roberto Maiellaro.
Etec Irmã Agostina
Na Etec Irmã Agostina, localizada na zona sul da capital, professores e alunos aproveitam as comemorações da Semana Paulo Freire para ampliar as ações de conscientização e combate à dengue. Com a Olimpíada 2024 como tema central, a professora de biologia Jaquellini Ribeiro Dias propôs uma comparação entre o mosquito Aedes Albopictus originário da França, e o Aedes Aegypti, natural do Brasil. “O mosquito francês é conhecido como tigre e foi responsável pelo primeiro caso de dengue autóctone na Ile de France, em agosto de 2023”, explica a professora.
Responsável também pelo componente de microbiologia do curso técnico de Química, a professora reuniu a turma do período da manhã para preparação de um repelente caseiro, com formulação divulgada pelo Corpo de Bombeiros. “Vamos desenvolver o produto a base de álcool, cravo da índia e óleo corporal, que deve ser deixado em um frasco por quatro dias. Faremos logomarca e rótulo, contendo data de fabricação, número de lote e validade de um ano, tudo como parte do trabalho curricular”, explica.
O repelente ficará disponível em borrifadores em diversos ambientes da escola.
Etec de Cubatão
Na Etec de Cubatão, palestras informaram sobre a epidemia de dengue explorando dados estatísticos e informações técnicas sobre a doença e o mosquito transmissor. Cerca de 430 estudantes dos cursos técnicos de Administração, Logística, Meio Ambiente e Recursos Humanos integrados ao Ensino Médio participaram das sessões.
Capitaneadas pelo professor André Vicente, as ações contaram com parceria da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), da Secretariaria da Saúde e Zoonoses da Prefeitura Municipal de Cubatão e de uma empresa de logística. “Os alunos participaram de ações de combate ao Aedes Aegypti , incluindo um mutirão de limpeza na Vila Esperança, aqui em Cubatão, quando visitaram casas identificando focos de possíveis criadouros e orientando moradores”, disse a diretora da Etec Cubatão, Kelly Renata Mariano da Silva.
Fatec Taquaritinga
No campus experimental da Fatec Taquaritinga a novidade é o projeto de cultivo de citronela como repelente no combate ao mosquito da dengue, como parte das disciplinas produção vegetal e produção agroindustrial, do curso superior de tecnologia em Agronegócio.
Coordenado pelas professoras Vanessa Amaro e Alessandra Furlanetti, em parceria com a professora Mariana Frigieri, da Fatec de Jaboticabal, o trabalho tem como finalidade o uso da Cymbopogon Winterianu para produção do extrato natural para o combate ao mosquito Aedes Aegypti.
“O cultivo de citronela já ajuda a criar uma barreira natural contra a dengue, uma vez que a planta libera um odor que espanta os insetos. Mas a eficácia é maior quando extraído o óleo usado como solução ou velas”, explica a professora Vanessa Amaro Vieira.
Etec de Garça
Na Etec Deputado Paulo Ornellas Carvalho de Barros, de Garça, os alunos do curso técnico de Química desenvolveram um repelente natural à base de seis diferentes óleos essenciais, extraídos de plantas coletadas no próprio espaço da unidade escolar. Sob orientação do professor Nivaldo Pereira de Macedo, o repelente será apresentado como trabalho de conclusão de curso (TCC) dos alunos Cláudia Cristina Ribeiro, Cláudia Roberta Vasconcelos de Carvalho, Jéssica Dias Santos Nunes de Souza, Guilherme Roberto Moia dos Santos e Vinícius Tavares Mota do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Química.
Os óleos são extraídos de plantas cítricas, incluindo a citronela, já utilizada como repelente natural. Completam a formulação água e álcool, o que leva a um custo aproximado de R$ 3 para produção de 80 mililitros do produto, que agem por cerca de quatro horas. “Agora buscamos empresas interessadas em produzir o repelente em grande escala, para que o produto seja comercializado a um preço acessível”, diz o professor.
Etec Rubens de Faria e Souza
Na Etec Rubens de Faria e Souza, de Sorocaba, as ações de conscientização ultrapassam os muros da unidade. Os alunos do curso de Técnico em Enfermagem confeccionam cartazes e panfletos informativos e levam informações também para as Unidades Básicas de Saúde (UBS) onde trabalham ou estagiam.
Estudantes de outros cursos da unidade também promovem gincanas de conscientização no município, com apresentação de peças de teatro e musicais, além da arrecadação de alimentos para doação.
Piracicaba, São José do Rio Preto e Marília
Na Etec Coronel Fernando Febeliano da Costa, de Piracicaba, os alunos do curso técnico em Enfermagem realizaram atividades com as crianças na creche do município. De forma lúdica, explicaram sobre os meios de prevenção da doença, como ação de Saúde Coletiva.
Os alunos do curso técnico de Enfermagem da Etec Philadelpho Gouvêa Netto, de São José do Rio Preto optaram por uma peça teatral para passar a mensagem aos alunos da Escola Municipal de Educação Infantil do bairro Eldorado.
A Etec Antônio Devisate de Marília levou a dengue para discussão no projeto integrador do curso de Enfermagem. O tema será desenvolvido em quatro módulos:
1º) Proteção e prevenção, enfermagem em clínica médica e cirúrgica, saúde coletiva I;
2º) Saúde Coletiva II e estágios supervisionados;
3º) Assistência de enfermagem em UTI e unidades especializadas I;
4º) Vigilância Epidemiológica.
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