Atividades sobre inclusão social marcam o mês de conscientização sobre o autismo em unidades da SAS – CGNotícias
Abril é definido como o mês de Conscientização do Autismo, data que tem como alvo a conscientização da sociedade sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O TEA é um transtorno que se caracteriza principalmente por dificuldade de interação social e presença de comportamentos repetitivos.
Pensando nisso, durante o mês, a Rede de Assistência Social vem realizando nas unidades, ações que reforçam a temática por meio de palestras, rodas de conversas, dinâmicas, orientações e atividades lúdicas. O objetivo é levar informação sobre transtorno do neurodesenvolvimento, promovendo a divulgação e aceitação na sociedade, além de gerar um ambiente afetivo e essencial para garantir à inclusão social em todas as unidades, reduzindo o preconceito e a discriminação das pessoas autistas.
O Cras Rosa Adri, localizado no bairro Dom Antônio Barbosa, promoveu uma palestra sobre autismo para as usuárias do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. A coordenadora da unidade, Cristiana Bispo, ministrou a palestra para as mulheres e pontuou os aspectos relevantes dentro da temática.
“Eu atuei durante muitos anos na área da Educação e conheço a necessidade de informações, posso afirmar que o conhecimento e o olhar humanizado fazem toda diferença para oferecermos qualidade de vida para as crianças com TEA e subsídios para os familiares. A gente consegue identificar o grito de socorro de muitas mães dentro da sociedade”, disse a coordenadora, que ressaltou ainda que a palestra teve grande proveito, visto que no Cras algumas mães possuem filhos diagnosticadas com TEA.
Foi o caso da dona de casa Helen Batista de Almeida, de 24 anos, mãe de uma menina autista de 3 anos, diagnosticada recentemente. Sensibilizada, ela afirmou que falta conhecimento e divulgação sobre o TEA.
“Temos muitas dificuldades, falta informações em todos os locais que a gente vai, escola, posto de saúde, supermercados. Eu me emocionei com a palestra porque foi aqui no Cras, com ajuda da equipe técnica, que consegui identificar os sinais em minha filha, só tenho a agradecer pela divulgação sobre o que é o autismo, quais são os comportamentos e como identificá-los”, disse a mãe.
Nessa mesma vertente, o Creas Sul realizou uma ação socioeducativa no Centro de Convivência de Idosos Piratininga. A atividade teve como objetivo promover conhecimento sobre os direitos e necessidades das pessoas com o espectro autista.
Cerca de 30 idosos participaram das dinâmicas realizadas pela assistente social Ruti Lessa. Também foram produzidos cartazes com mensagens afetivas, reforçando a importância da igualdade e empatia ao tema.
A coordenadora do Creas Sul, Edneusa Juliana Borges Bonini, falou sobre a ação. “O Creas tem como finalidade a realização de ações socioeducativas que promovem a inclusão social e as parcerias fortalecem o apoio familiar e comunitário. Nós trabalhamos sempre com a prevenção e participar de uma ação que sensibiliza a sociedade com um tema tão relevante é muito satisfatório para nossa equipe. O autismo não se cura, se compreende”, pontuou.
Além da dificuldade de comunicação e socialização, estão entre os comportamentos comuns no diagnóstico TEA, o interesse excessivo por determinados assuntos ou objetos, dificuldade de adaptação a mudanças na rotina e movimentos anormais com o corpo. As diferenças entre comportamentos podem variar desde grau leve até grave e impactam cada pessoa de maneira única.
É importante ressaltar que o autismo não é uma doença, mas sim, uma variação natural da mente humana.
Lúdico
Nos Cras Anhanduí, Estrela Dalva e Canguru, as atividades lúdicas foram voltadas para as crianças e adolescentes que frequentam o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV).
Para levar informações sobre o Transtorno do Espectro Autista as unidades estão promovendo rodas de conversas e trabalhos artísticos com pintura para conscientizar os usuários sobre a importância do tema.
O coordenador do Cras Estrela Dalva, Gilberto Gomes, ressaltou a importância das atividades realizadas com as crianças e afirmou que o objetivo é levar informações que contribuam com a valorização da pessoa autista.
“Estamos instruindo nossos usuários focando na inclusão e convivência social desde o início da identificação do espectro, as crianças e adolescentes aprenderam vários eixos que o TEA pode apresentar, e o que chamou a atenção deles foi descobrir que autismo não é uma doença e sim um transtorno. Nós conseguimos desmistificar essa vertente de uma forma leve e inclusiva”, finalizou o coordenador.